Um quarto abafado com cheiro de xícara de café vazia, um lençol amarrotado, uma música tocando baixo. Um dia comum em todo o seu tédio e neutralidade. Fragilidade incidente, de dentro pra fora, lágrimas involuntárias. Consegue ver? Me diga que sim. Tente visualizar também o céu noturno que eu vejo por de trás dos vidros da janela. Uns aviõezinhos bem longe piscando, azul, vermelho, azul, vermelho. E o meu cabelo bagunçado, do jeito que você gosta, espalhado pelo travesseiro onde você esteve deitado, bem pertinho de mim. Consegue ver? Faça um esforço um pouco maior e enxergue dentro de mim. Consegue ver? Espero que sim.
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